sexta-feira, 12 de maio de 2017

Curso de Gestão Pública na Fundação Ulysses Guimarães RS

  Amigos, esta é a 1º Turma de Mediadores de Gestão Pública, Evento na FundaçãoUlysses Guimarães RS, 10 cidades representadas!

"Iniciamos hoje na Fundação Ulysses Guimarães RS Capacitação de Gestores Públicos com representação de 10 municípios, aprendizado nunca é demais, pela manhã a Dr. Elisiane da Silva Especialista na área de Gestão e Finanças, de tarde colaborei com o conhecimento e aprendizado que tive ao longo de 25 anos trabalhando na área, não sou um especialista, sou dedicado,pois, eu e os mediadores da Fundação Ulysses Guimarães acreditamos que #educacaoliberta Obrigado todos os colegas Mediadores, muito sucesso nesta jornada!

"Com apresentação individual dos participantes, o mediador da FUGRS, Marco Rosa, retomou os trabalhos do curso de formação de mediadores nesta tarde. Além de salientar as competências e atuações dos poderes executivo e legislativo, assinalou a importância do Plano Plurianual Municipal para a implementação efetiva dos projetos apresentados tanto pelo legislativo quanto pelo executivo. Rosa destacou ainda as receitas públicas , tributárias e patrimoniais e deu dicas e trouxe vários exemplos a respeito dos serviços públicos. #VempraFormação #EducaçãoLiberta"texto FUG
A gerente nacional de Formação Política, Elisiane da Silva, foi a responsável pela apresentação do Modulo I (Noções Gerais da Administração Pública Municipal). Ela deu início aos trabalhos nesta manhã assinalando que a Fundação Ulysses Guimarães já atingiu a meta de 200 mil alunos no país em uma década de formação. Lembrou ainda aos participantes, oriundos da capital, região metropolitana e interior do RS, que o processo político mudou. “ Façam amostragens sociológicas todos os dias sem esquecer de que é preciso se adaptar ao novo momento”, frisou. #VempraFormação #EducaçãoLiberta

A Drª Elisiane Silva estará na Aula Magna do Curso que será ministrado em Canoas, ainda por local e datas a serem definidos, com + de *80 aulas*(ops 80 horas), entre vídeos, debates, trabalhos em conjunto e individuais, o curso prepara e atualiza os gestores já atuantes e os que querem seguir a carreira, além de estudantes de todas as áreas, com certificação garantida e reconhecida pelas universidades de todo o país.

Quer participar, me siga clicando no link do google ao lado, ou, pela pagina do facebook, lá na pagina do https://www.facebook.com/marcorosacanoas tem vídeos de entrevistas de outros cursos que jáorganizei pelo Rio Grande do Sul afora.

Quer saber mais ?: e mora em Canoas ou Região?, me manda um e-mail pelo marcorosacanoas@yahoo.com.br e quando abrir as inscrições eu te aviso, mas, me coloca na tua lista para poder responder e tu receber os e-mails, se não fizer isto eles vão para a caixa de spam. 

Um Grande Abraço,Sucesso Sempre!

Marco Rosa Canoas

domingo, 26 de março de 2017

Custo de Oportunidade do Estado - Por Gabriel Souza

         O debate sobre qual o tamanho ideal e quais as funções do Estado está cada vez mais atual. O pano de fundo das medidas que os governos - em geral - tem tomado é na verdade de cunho retrativo a intervenção estatal na economia, remodelando e atualizando a maquina pública de maneira que ela caiba dentro do orçamento (conjunto de recolhimentos de tributos pagos pelos cidadãos) e, ao mesmo tempo, ela - a máquina pública - consiga reverter esses tributos em forma de serviços que realmente importem a sociedade, e não a um ou outro determinado grupo de indivíduos, muitas vezes chamados de corporações.

         Tarefa e debate complexo, tendo em vista a cultura do paternalismo estatal vigente no país e, principalmente, devido a expansão das políticas estatistas ocorridas nas últimas décadas.

         Complexo, mas extremamente necessário para que tenhamos um Estado eficiente e focado naquelas atividades as quais ele veio a existir: os serviços básicos, onde ele - o Estado - é insubstituível e, portanto, extremamente necessário.

         Nesse debate nos deparamos com estruturas estatais que muitas vezes poderiam não existir e serem substituídas pela iniciativa privada. 

É verdade que seria difícil comparar a eficiência de uma estatal com a de uma empresa privada, tendo em vista que a segunda simplesmente não precisa cumprir o calhamaço de legislações burocráticas e reguladoras que regem a atividade pública no Brasil. Lei de licitações, lei de responsabilidade fiscal, lei das estatais, lei orçamentária, entre outras, além dos órgãos reguladores como Tribunal de Contas, sistema de auditoria interno, etc, são simplesmente desnecessários na iniciativa privada. Enquanto uma empresa pública, em virtude da legislação, demoraria meses para comprar um parafuso, uma empresa privada resolveria isso em algumas horas.

         Porém, para além da eficiência sobre os serviços prestados às pessoas, há também que se considerar o que os economistas chamam de “custo de oportunidade”.

              O “custo de oportunidade”, 

           Termo cunhado pelo economista austríaco Friederich Von Wieser na década de 1910, nada mais é do que o cálculo de quanto custa para alguém (ou para o Estado) gastar 1 real ou uma hora do seu tempo em algo, deixando de investir esse dinheiro ou esse tempo em outra atividade.

          Na prática, as pessoas e as organizações tomam decisões que incidem no custo de oportunidade o tempo todo, já que, ao comprar algo ou a fazer determinada atividade, se opta por não fazer outras inúmeras ações que, se fossem realizadas, teriam fornecido outros resultados. Se você optar em cursar inglês, vai deixar de fazer outras atividades as quais poderia realizar naquelas horas e com o dinheiro que investe nesse curso.

         Um exemplo prático do custo de oportunidade no setor público é quando o Governo decide construir um estádio de futebol, investindo tempo, funcionários e recursos públicos nessa ação. O Governo poderia ter optado por investir quantia de recursos financeiros e de tempo semelhante em um hospital, uma escola, um posto de polícia, um teatro, uma praça, ou em qualquer outro equipamento público, mas optou, nesse caso, por um estádio de futebol. 
           O custo de oportunidade, nesse exemplo, será o quanto que o Governo poderia ter aproveitado os mesmos recursos envolvidos (dinheiro, tempo e funcionários) para investir em outro prédio público que teria um resultado diferente para a sociedade.

         Interessante suscitar esse assunto, já que com o custo de oportunidade veremos que, muitas vezes, a decisão sobre extinguir ou privatizar determinada estrutura estatal está além da questão financeira (lucro ou prejuízo).

         É só verificar quantos funcionários da área técnica do Governo são envolvidos para manter qualquer estatal funcionando. São quadros da Fazenda, Planejamento, Governança, Segurança Pública, entre outras áreas (inclusive de outras estatais), horas de trabalhos dos próprios gestores, que permanecem envolvidos com aquela estrutura pública, gerando um custo de oportunidade para o Estado.

         Ao contrário de investir esse esforço de dinheiro, gestão, funcionários e tempo em uma determinada atividade a qual o Estado poderia estar substituído pela iniciativa privada, o Governo poderia estar investindo os mesmos recursos em atividades as quais os contribuintes tem necessidade da presença estatal.

         Tente calcular quanto que custa para a segurança, saúde e educação, por exemplo, o investimento financeiro, de tempo e de recursos humanos que o Estado faz em áreas onde ele não precisaria estar. Quando calculado, veríamos que esse custo de oportunidade estaria proporcionando um prejuízo incalculável às pessoas, muitas vezes custando suas próprias vidas, infelizmente.

     É por isso, que muitas vezes o Governo tem razão em propor a extinção ou privatização de estatais que em seus resultados contábeis trazem eventual lucro financeiro, já que o que deve contar aqui é o quanto o Estado está deixando de investir em tempo e funcionários em áreas onde ele é insubstituível, ou seja: é necessário calcular o custo de oportunidade.

         Para a sociedade, de nada adiantaria o Estado ser proprietário de uma padaria que desse lucro quando, ao gerir esse empreendimento, estaria envolvendo funcionários e tempo os quais poderiam estar empenhados em melhorar as políticas de segurança pública. Ou, de nada adiantaria para a sociedade o Estado ser proprietário de uma companhia de gás natural que desse lucro quando, envolvendo os mesmos recursos humanos e de tempo, poderia estar aprimorando as políticas de educação.

       Extremamente relevante levantar esse assunto devido ao fato de que o custo de oportunidade do Estado é invariavelmente debitado nos cidadãos, os quais pagam seus tributos para receberem os serviços essenciais com qualidade e eficiência e muitas vezes assistem o Estado se envolvendo em áreas onde ele é substituível e não se envolvendo em áreas onde ele é insubstituível e necessário.



Deputado Estadual, Líder do Governo na Assembleia Legislativa e Secretário-Geral do PMDB-RS.